quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O peso de dominar outro idioma para o mercado de trabalho














Todos os dias a informação chega até nós de todas as partes do mundo e pelos mais diversos mecanismos. Seja em filmes, internet, música, jornais, livros ou televisão, a informação sempre chega até nós. Precisamos estar preparados para absorver toda essa informação, entender e reter apenas o que for bom. Nesse mundo globalizado, chegam informações do mundo todo e, conseqüentemente, em outros idiomas. Dominar tais idiomas se torna indispensável para a nossa formação cultural, pessoal e também para o mercado de trabalho. Quer entender um pouco mais? Acompanhe a matéria abaixo:
A importância de saber outro idioma
Profissionais que dominam o inglês e o espanhol chegam a receber 21,7% a mais do que os colegas que conseguem apenas se comunicar em português

Camila de Magalhães


Investir no aprendizado de outros idiomas o quanto antes é a melhor opção para quem pretende se destacar no mercado de trabalho. A formação em línguas estrangeiras representa um diferencial não só na hora de se conseguir uma vaga de emprego, mas quando o assunto é dinheiro. Prova de que as empresas brasileiras valorizam essa fluência está na 31ª edição da Pesquisa Salarial e de Benefícios da Catho Online, realizada de 1º a 27 de fevereiro deste ano. O estudo revelou que falar inglês e espanhol tem impacto direto no bolso e pode elevar em até 21,78% os salários de profissionais que ocupam cargos de confiança — diretor, gerente, coordenador, supervisor e chefe.

O levantamento foi feito com cerca de 175 mil pessoas de mais de 21 mil empresas em 3.550 cidades de todo o país. Entre coordenadores, supervisores e chefes, a remuneração média varia entre R$ 4.343,98 (só português) e R$ 5.290,03 (inglês e espanhol), uma diferença de 21,78%. Os dados mostram que o aumento varia de acordo com os idiomas. Quem fala só português ganha menos do que quem fala também espanhol, que, por sua vez, recebe menos do que quem domina só o inglês e do que aqueles com fluência nas duas línguas estrangeiras.

No nível gerencial, a valorização é de 19,24% para os fluentes em inglês e espanhol. Os salários médios passam de R$ 7.498,66 a R$ 8.941,14.O nível hierárquico de diretoria tem a menor diferença salarial para profissionais que dominam as duas línguas: 18,23%, partindo de R$ 14.176,71 e atingindo o patamar de R$ 16.761,55. Na avaliação de Marco Soraggi, diretor da Pesquisa Salarial da Catho Online, as informações traduzem uma realidade no mercado de trabalho. “A globalização to rna necessário, cada vez mais, o domínio de outras línguas. Saber falar inglês e espanhol é vantagem competitiva e se traduz, também, em maior ganho financeiro”, resume.

Negócios
Soraggi destaca que as empresas têm feito mais negócios com clientes ou fornecedores de outros países e que eles raramente estarão disponíveis para negociar em português. “A linguagem padrão para relacionamentos internacionais é o inglês. E muitas vezes, principalmente, para negócios na América Latina, saber espanhol também é muito útil. Profissionais que falar bem e negociar nessas línguas, naturalmente, alcançam melhores resultados.” Ele lembra que, quanto mais cedo o início da aprendizagem, melhor. Porém afirma que isso não invalida que adultos comecem a se dedicar também.

É o caso de Sandra Regina Pereira, 35 anos, gerente do sistema integrado de gestão do Laboratório Sabin. A paraibana conta que resolveu aprimorar o inglês quando esta va perto de concluir o curso de administração de empresas, e precisou estudar artigos na língua estrangeira. Pouco depois de se formar, conseguiu uma licença do trabalho para se dedicar a um curso de três meses na Inglaterra, onde morou em casa de família, o que ajudou a melhorar a escuta e a conversação. Na volta, decidiu mudar-se para Brasília. “O fato de ter esse curso me ajudou muito na recolocação profissional. A importância do inglês é muita, deixa você preparado para qualquer coisa”, observa. Além de trabalhar no laboratório, Sandra dá aulas em graduação e pós-graduação, o que exige dela o domínio de outro idioma para conhecer e entender o que está sendo produzido do mundo.

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